Por Luiz Vaz
O Carnaval de Porto Alegre Já Tem Corte Oficial. Só que esta tradição veio com alguns caroços difíceis de digerir.
Menos de vinte e quatro horas depois de assumir o reinado, Maurício Mello já esgrimava com uma rejeição fantástica. Nas
mídias sociais, um numero importante de manifestação espalhou-se como
vírus, mostrando a contrariedade da comunidade carnavalesca.
O novo rei paga um tributo altíssimo
nesta posição, afinal é inevitável a comparação dele com o seu
antecessor Fábio Verçosa (e não Cláudio Verçosa), que durante dez anos,
esteve no cargo distribuindo simpatia, respeito, alegria e transparência
na posição. Maurício Mello chegou com a coroa da desconfiança,
menos por ser afeito a gauderiada em pilchas, mas muito por não ter um
arremedo sequer do tão falado samba no pé.
Matéria dificílima. Ainda mais neste
caso, onde o monarca misturou um arremedo de sapateado com os reflexos
dolorosos de uma contusão dupla de joelhos. Foi uma tragédia, não saiu
nada parecido com uma sambadinha. E quantas vezes ouvi gente reclamando
da sambadinha do Bariguello. Se fosse só isto não dava nada.
Ninguém aqui ou no além, onde descansa
Vicente Rau (e não Roi, como falou o monarca) , perdoa quem não tem
samba no pé. O monarca chega com o samba atravessado, sem história e sem
passado carnavalesco que o salve destas cobranças.
Esta situação é algo como contratar um
zagueiro de chutões para jogar de centroavante. É como imaginar trocar a
cor da camisa de Grêmio e Inter: a azul vira vermelha e a vermelha vira
azul. Não dá. A torcida não vai aceitar.
O monarca literalmente entrou perdendo os sapatos. Correr em chapa quente parece não ser sua especialidade.
FONTE: GAÚCHA NO CARNAVAL
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