Confira a Situação das Escolas de Samba Até Corte da Prefeitura
Festa Popular é a Primeira Área Atingida pelo Corte Orçamentário Anunciado Pelo Prefeito Eduardo Leite.
Por: Diego Queijo e Renata Garcia
Estação Primeira do Areal - Sandro Nunes, Diretor de Carnaval
O tema-enredo do Carnaval 2016 já está definido: uma homenagem a João Bachilli, pelo aniversário do Tholl. “A harmonia já está acertada, mas o vínculo foi firmado verbalmente. Não é possível assinar contrato sem qualquer segurança de ocorrência do evento”, sustenta o diretor de Carnaval da Estação Primeira do Areal, Sandro Nunes. Ele concorda que se a folia for reagendada para março haverá mais tempo para organização e ensaio da escola.
A entidade realizou três eventos para arrecadação de verba para o Carnaval 2016. O próximo encontro, marcado para Setembro, foi adiado - a ideia surgiu em função da conversa desta quarta-feira. Cada encontro arrecada, aproximadamente, entre R$ 2 mil e R$ 5 mil. “A tendência do Carnaval é mudar”, refere-se ao formato da festa. No último desfile com concurso, em 2013, a Estação investiu R$ 160 mil. A subvenção da prefeitura, na época, foi de R$ 42 mil.
A escola, atualmente, está fazendo trabalho de reaproveitamento de fantasias, enquanto não compra material. Os três carros alegóricos ainda não foram tocados - sua elaboração depende do valor repassado pela Prefeitura, e se haverá recurso. “A possibilidade de não ter concurso é frustrante”, desabafa Nunes.
Unidos do Fragata - Edson Luís Planella, Presidente
O presidente da escola do Fragata, Edson Luís Planella, questiona a desvalorização do Poder Público em relação à festa. “Sempre se levou à comunidade que o Carnaval gasta muito, mas não são divulgados dados do quanto retorna”, contesta Planella. Segundo ele, a entidade ainda não fez contratações devido à incerteza que ronda a folia. “Nós não temos intenção nenhuma de romper com a prefeitura”, salienta. Os almoços, jantares e bingos também retornam em média de R$ 3 mil cada. Há vezes, porém, que não há lucro, apenas confraternização.
Como acontece com as demais participantes, a Unidos do Fragata não sabe como será o Carnaval 2016. “O nosso sentimento é de que não haverá concurso. Se tiver, será de um Carnaval pequeno. A menos que isso mude terça (ontem, em reunião com o prefeito), as pessoas virão pra um Carnaval participativo, sem expectativa de ‘grande coisa’”, afirma. Ele prefere não divulgar o tema que será explorado pela escola. A entidade está definindo samba-enredo e harmonia, entretanto, nenhum contrato foi firmado. “Fizemos pré-contrato, verbal, ainda com a expectativa de haver concurso”, complementa.
General Telles - Marco Moraes, Presidente
No ano em que completa 65 anos, a General Telles irá homenagear seus carnavais anteriores, com um de seus maiores sucessos. O tema-enredo leva o título No reino da loucura o paraíso da luxúria. Desde a troca de diretoria, em abril, a escola trabalha pela própria reestruturação interna. O presidente, Marco Moraes, assegura que os desenhos dos figurinos estão prontos, além de a harmonia e o carnavalesco já estarem contratados. A Telles quer botar seu samba na rua.
O lucro de cada evento não é muito diferente das demais entidades - dos dois já realizados, foram arrecadados aproximadamente R$ 5 mil em cada. Apesar de pouco, comparado ao que pede a festa, Moraes garante não estar dependendo da subvenção do Executivo. “Só acham que carnavalesco gasta, mas eu trabalho com 35 profissionais diretos, fora os indiretos”, frisa. “O dinheiro roda, a gente contrata som, segurança, tudo gera emprego e renda”, conclui. Durante todo o ano, a entidade aluga barracões para guardar a estrutura e paga em torno de R$ 1 mil por mês.
Academia do Samba - André Vargas, Presidente
O tema-enredo de 2016 levará a trajetória do Carnaval pelo mundo. Para tanto, a Academia do Samba também vem trabalhando para angariar fundos. A questão é que, de acordo com o presidente, André Vargas, um evento bem articulado e organizado não gera mais que R$ 2 mil à escola. “Esses eventos têm fim de engajar a comunidade para o Carnaval, não de arrecadar dinheiro. Não é o tipo de coisa que nos dá lucro”, coloca o líder da Academia do Samba.
A entidade foi a única a desfilar no Carnaval 2015, pois recebeu R$ 100 mil de verba pública, devido à participação em projeto do Governo do Estado que promove a Cultura - o Projeto Sobre a Cadeia Produtiva do Carnaval. Contudo, este ano Vargas não teve conhecimento de projetos similares - uma forma de se independizar da subvenção da prefeitura, como ocorreu.
O tema-enredo do Carnaval 2016 já está definido: uma homenagem a João Bachilli, pelo aniversário do Tholl. “A harmonia já está acertada, mas o vínculo foi firmado verbalmente. Não é possível assinar contrato sem qualquer segurança de ocorrência do evento”, sustenta o diretor de Carnaval da Estação Primeira do Areal, Sandro Nunes. Ele concorda que se a folia for reagendada para março haverá mais tempo para organização e ensaio da escola.
A entidade realizou três eventos para arrecadação de verba para o Carnaval 2016. O próximo encontro, marcado para Setembro, foi adiado - a ideia surgiu em função da conversa desta quarta-feira. Cada encontro arrecada, aproximadamente, entre R$ 2 mil e R$ 5 mil. “A tendência do Carnaval é mudar”, refere-se ao formato da festa. No último desfile com concurso, em 2013, a Estação investiu R$ 160 mil. A subvenção da prefeitura, na época, foi de R$ 42 mil.
A escola, atualmente, está fazendo trabalho de reaproveitamento de fantasias, enquanto não compra material. Os três carros alegóricos ainda não foram tocados - sua elaboração depende do valor repassado pela Prefeitura, e se haverá recurso. “A possibilidade de não ter concurso é frustrante”, desabafa Nunes.
Unidos do Fragata - Edson Luís Planella, Presidente
O presidente da escola do Fragata, Edson Luís Planella, questiona a desvalorização do Poder Público em relação à festa. “Sempre se levou à comunidade que o Carnaval gasta muito, mas não são divulgados dados do quanto retorna”, contesta Planella. Segundo ele, a entidade ainda não fez contratações devido à incerteza que ronda a folia. “Nós não temos intenção nenhuma de romper com a prefeitura”, salienta. Os almoços, jantares e bingos também retornam em média de R$ 3 mil cada. Há vezes, porém, que não há lucro, apenas confraternização.
Como acontece com as demais participantes, a Unidos do Fragata não sabe como será o Carnaval 2016. “O nosso sentimento é de que não haverá concurso. Se tiver, será de um Carnaval pequeno. A menos que isso mude terça (ontem, em reunião com o prefeito), as pessoas virão pra um Carnaval participativo, sem expectativa de ‘grande coisa’”, afirma. Ele prefere não divulgar o tema que será explorado pela escola. A entidade está definindo samba-enredo e harmonia, entretanto, nenhum contrato foi firmado. “Fizemos pré-contrato, verbal, ainda com a expectativa de haver concurso”, complementa.
General Telles - Marco Moraes, Presidente
No ano em que completa 65 anos, a General Telles irá homenagear seus carnavais anteriores, com um de seus maiores sucessos. O tema-enredo leva o título No reino da loucura o paraíso da luxúria. Desde a troca de diretoria, em abril, a escola trabalha pela própria reestruturação interna. O presidente, Marco Moraes, assegura que os desenhos dos figurinos estão prontos, além de a harmonia e o carnavalesco já estarem contratados. A Telles quer botar seu samba na rua.
O lucro de cada evento não é muito diferente das demais entidades - dos dois já realizados, foram arrecadados aproximadamente R$ 5 mil em cada. Apesar de pouco, comparado ao que pede a festa, Moraes garante não estar dependendo da subvenção do Executivo. “Só acham que carnavalesco gasta, mas eu trabalho com 35 profissionais diretos, fora os indiretos”, frisa. “O dinheiro roda, a gente contrata som, segurança, tudo gera emprego e renda”, conclui. Durante todo o ano, a entidade aluga barracões para guardar a estrutura e paga em torno de R$ 1 mil por mês.
Academia do Samba - André Vargas, Presidente
O tema-enredo de 2016 levará a trajetória do Carnaval pelo mundo. Para tanto, a Academia do Samba também vem trabalhando para angariar fundos. A questão é que, de acordo com o presidente, André Vargas, um evento bem articulado e organizado não gera mais que R$ 2 mil à escola. “Esses eventos têm fim de engajar a comunidade para o Carnaval, não de arrecadar dinheiro. Não é o tipo de coisa que nos dá lucro”, coloca o líder da Academia do Samba.
A entidade foi a única a desfilar no Carnaval 2015, pois recebeu R$ 100 mil de verba pública, devido à participação em projeto do Governo do Estado que promove a Cultura - o Projeto Sobre a Cadeia Produtiva do Carnaval. Contudo, este ano Vargas não teve conhecimento de projetos similares - uma forma de se independizar da subvenção da prefeitura, como ocorreu.
“Nós, carnavalescos, não somos alienados ao que está acontecendo”, refere-se às dificuldades financeiras enfrentadas em diferentes esferas públicas. “O que queremos da prefeitura são respostas. Falta um diálogo aberto, transparente com os carnavalescos. Estamos no final de setembro sem qualquer ideia do que acontecerá”, desabafa Vargas.
Imperatriz da Zona Norte - Juraci Soares, Presidente
Receosa, Juraci Soares torce para que o Carnaval não perca forças. Ela teme que a festa seja novamente prejudicada para os mais de 400 envolvidos na organização, pela Imperatriz da Zona Norte. “Pelotas não pode ficar sem Carnaval”, sustenta a líder da entidade, popular entre a comunidade do Santa Terezinha. Há 20 anos à frente da entidade, ela confessa: “Eu espero que o prefeito diga que o Carnaval não vai acabar em Pelotas”. A presidente da Imperatriz da Zona Norte prefere não divulgar qual o tema enredo para a folia de 2016. Também não abordou o valor recebido por evento.
FONTE: DIÁRIO POPULAR